Black Pantera no PitchingShow
A banda Black Pantera tocou no palco Sound Beats, na edição de 2022 do Rio2C. E alguns meses depois marcaram presença no Rock in Rio, no palco Sunset, no dia mais metal da edição.
Conheça o mercado da música do Rio2C
No PitchingShow, edição 2022, a banda Black Pantera se apresentou no palco Sound Beats, para uma comissão formada por nomes estratégicos da indústria – entre produtores, jornalistas e programadores de rádio e TV do setor –, além de uma plateia de executivos do mercado fonográfico e do show business. E no Rock in Rio, eles tocaram junto com Devotos, no palco Sunset. Devotos é um dos grupos de punk mais consagrados do Brasil, com sete álbuns de estúdio lançados
Conheça mais sobre a banda Black Pantera
Formada em 2014 pelos irmãos Charles Gama (guitarra e vocal) e Chaene da Gama (baixo e vocal) e Rodrigo Pancho (bateria), a banda mineira une elementos do crossover, groove, funk, thrash metal e hardcore ao ativismo, e a competência do trabalho reconhecido, em pouco mais de 7 anos, e se mostrou uma das mais relevantes bandas do cenário underground nos últimos tempos.
Dentre as influências dos músicos, há desde O Rappa ao Rage Against The Machine, passando pelos Bad Brains e Metallica. Tudo isso agrega riqueza ao som do Black Pantera e ajuda a transpor barreiras que muitas vezes o som mais pesado impõe— mas sempre com autenticidade e respeito às raízes.
Álbuns de estúdio: Project Black Pantera (2015); Agressão (2019); Ascensão (2022)
Álbuns Ao Vivo: AudioArena Originals: Project Black Pantera (2017); Black Pantera no Estúdio Showlivre (Ao Vivo) (2018)
EPs: Capítulo Negro (2020)
Singles: Ratatatá (2015); O Último Homem Em Pé (2017); Prefácio (2017); Punk Rock Nigga Roll (2018); I Can’t Breathe (2020); Seis Armas (2021); Padrão é o Caralho (2022); Fogo Nos Racistas (2022)
Entrevista com Black Pantera
1 – Como foi a formação da banda?
Chaene: A banda começou com o Charles, meu irmão caçula. Ele tinha uma banda que fazia covers, mas depois de um tempo, decidiram fazer o próprio som deles. Eu não acreditava muito e o Rodrigo também não. Mas aí depois de um ano ele gravou um som, e eu fui conhecer as músicas no estúdio. Aí eu pirei com o som. Na época era outro batera, mas ele acabou não ficando, e então Rodrigo entrou na banda.
De 2014 até hoje, a gente ainda meio que não entende, porque foi tudo tão rápido. A primeira capital que tocamos no mundo foi Paris. E tudo fazendo música autoral.
O nome da banda foi inspirado no Partido dos Panteras Negras, um partido norte-americano que defendia a população preta da opressão racial da polícia naquele tempo.
E foi basicamente assim, começou de uma forma despretensiosa, e quando vimos tomou uma proporção imensa.
2 – E quais são as principais influências musicais?
Chaene: Eu sempre gostei muito de Legião, de rock nacional. O Rappa, Charlie Brown e também de bandas que tinham o baixo com mais destaque. Mas a gente sempre ouviu de tudo: Metallica, Rage Against the Machine, entre outros.
Rodrigo: Inclusive, quando fazíamos cover, tocávamos algumas destas bandas que o Chaene citou: Korn, Metallica, Sepultura. Mas sempre ouvimos muita coisa. O Charles tinha uns projetos paralelos de cover do Lenny Kravitz e Michael Jackson. Eu vim de uma escola mais hardcore e punk. E eles eram uma galera mais metal. Eu tocava samba quando era moleque. Então, eu acho legal essa diversidade musical, pois isso não nos limita na hora de criar.
3 – Como foi participar do pitchingshow no Rio2C?
Chaene: O convite para o Rio2C foi uma honra imensa. É uma parada enorme, nos surpreendemos quando chegamos lá. Não é só a música, é o bastidor, pois você está conectado com várias pessoas e ideias, ou seja, é networking.
Nós tocamos na hora do almoço e a sala estava cheia. Foi uma honra, gostamos demais. Estava todo mundo sentadinho, mas animados.
Rodrigo: E isso surpreendeu a gente porque era um horário em que as pessoas estavam dispersas, mas lotou a sala. E foi uma oportunidade incrível pra gente que está nessa caminhada de mostrar o trabalho, lançando disco novo. É uma porta gigantesca que se abre quando toca no Rio2C.
4 – E como foi a experiência no Rock in Rio?
Rodrigo: A gente nunca tinha ido ao rock in rio, nem para assistir, nunca tivemos essa oportunidade. E já chegamos com os dois pés, tocando em um dos palcos principais, no Sunset, abrindo o festival. Então, estava todo mundo no gás para tocar e as pessoas loucas para voltar aos festivais. Foi uma mistura de várias emoções. Rolou choro e momentos da família e amigos, que sabem da nossa trajetória, que não é fácil concorrer com música pesada no Brasil.
Chaene: A gente tinha noção de que o show seria legal, que iria muita gente. Mas foi muito além do que esperávamos. Muita gente conheceu a banda através do Rock in Rio. É realmente uma exposição imensa.
5 – Para terminar, quais dicas vocês podem dar para quem quer seguir carreira musical? Principalmente na área de rock que não é forte no Brasil.
Chaene: Persistência e investimento. A gente investe até hoje. Quer ter uma banda, quer tocar, então busca um estúdio legal. Vai ficar caro, mas faz algo de qualidade. E precisa mandar material para festivais, como o Rio2C que oferece a oportunidade de enviar projeto.
Rodrigo: É isso aí, fazer com qualidade e persistência, pois você vai ouvir muitos nãos.
Quer conhecer mais a banda Black Pantera? Seguem os canais:
https://www.instagram.com/blackpanteraoficial/