O Mercado Audiovisual Brasileiro
O mercado audiovisual brasileiro é um importante pilar do Rio2C. Um setor chave para a cultura brasileira, que foi bastante afetado pela pandemia do coronavírus. Mas será que há caminhos para a retomada?
O Rio2C entrevistou Vanessa Jardim, Consultora e Produtora Executiva na Panorâmica Comunicação. Ela falou sobre o cenário do audiovisual brasileiro no pós-pandemia, deu dicas para quem está ingressando neste mercado, entre outros assuntos.
Conheça o mercado audiovisual do Rio2C
Vanessa Jardim tem especialização em Gerenciamento de Projeto pelo Project Management Institute e Desenvolvimento de Executivo pela Fundação Dom Cabral.
Com vasta experiência em produção audiovisual, atuou para grandes empresas de comunicação – Canal Futura, TV Globo, TV Manchete e TV Bandeirantes.
Com foco em planejamento estratégico, gestão de pessoas e processos, liderou projetos de reestruturação e gestão no Canal Futura e na empresa atual, bem como atua em consultorias de planejamento e gestão para produtoras independentes e empresas da economia criativa em geral.
Entrevista com Vanessa Jardim – Audiovisual brasileiro
Quais foram os principais desafios que você enfrentou ao entrar no mercado audiovisual?
Compreender e se adaptar ao modus operandi do mercado. Primeiramente, trabalhando em grandes corporações, além do desafio da produção propriamente dita, você tem que se adaptar a cultura da empresa, internalizá-la e difundi-la e, para tal, é extremamente importante que seus valores combinem com os valores da organização.
Em um segundo momento, chegar no mercado independente. Foi extremamente desafiador, pois nesse mercado você tem que fazer e acontecer do início ao fim e a cada projeto terá uma equipe nova para comandar e que precisará dar liga imediatamente, para que o projeto flua da melhor maneira possível. Aqui o desafio é gigante, mas também é bastante estimulante.
Como você analisa a performance do mercado audiovisual no Brasil pós-pandemia? Estamos em recuperação ou ainda estamos caminhando devagar?
O que tenho notado é que com a chegada dos streamings próxima ao início da pandemia, tivemos uma demanda de conteúdo reprimida e assim que o processo foi se normalizando, o mercado explodiu com múltiplas produções, e isso afetou bruscamente a composição das equipes.
De tudo, fico com a sensação de que o mercado está se recuperando, mas está bem fragilizado, em função da grande demanda e de como todos nós estamos saindo dessa pandemia, que ainda não terminou completamente.
Atualmente, estamos vivenciando um crescimento na popularidade de produções de outros países, como, por exemplo, a Coréia do Sul. Muitas séries ganharam repercussão graças às plataformas de streaming, como o Netflix. Como você vê este comportamento? Impacta, de alguma forma, nas produções brasileiras?
Sempre impacta, e para mim, positivamente. A chegada de excelentes conteúdos, inspira e impulsiona a todos na busca de mais conhecimento, técnicas e inovações. É uma baita injeção de ânimo.
Para encerrar, quais dicas você daria para quem deseja seguir carreira no audiovisual brasileiro?
Primeiramente, tem que ser um apaixonado por contar e ouvir histórias e tem que sempre buscar aprender mais e mais.
Estar sempre atento às novidades e correr atrás de aprendê-las, sem perder a curiosidade pela vida cotidiana, que é a fonte mais inspiradora para toda e qualquer história.