Indústrias criativas: definição, limites e possibilidades
Saiba como impulsionar seu negócio criativo, se destacar no mercado e contribuir para o crescimento do país
Quando falamos sobre indústrias criativas, qual a primeira coisa que passa pela sua cabeça? Talvez você pense em cinema, música e arte, mas não entenda bem como elas se relacionam a um processo industrial.
Na verdade, as indústrias criativas são aquelas que têm como principal “matéria-prima” a criatividade humana, ou seja, a capacidade de gerar ideias originais e transformá-las em produtos ou serviços que tenham valor de mercado.
Elas envolvem atividades que se baseiam no talento, na habilidade e no conhecimento de profissionais que trabalham com cultura, comunicação, tecnologia e inovação.
Mas se você procurou “indústrias criativas” no Google, pode estar se perguntando como elas podem se desenvolver e contribuir para o crescimento do país.
Quais são os setores que fazem parte desse universo? E como você pode impulsionar o seu negócio criativo? Fique tranquilo, pois essas são algumas das perguntas que vamos responder neste conteúdo. Leia tudo até o final!
O que são indústrias criativas?
A Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan) define a indústria criativa como “atividades produtivas que têm como processo principal um ato criativo com potencial de gerar valor de mercado, resultando em produção de riqueza cultural e econômica”.
Esse conceito é relativamente novo, surgindo apenas na década de 1990 para designar setores nos quais a criatividade é uma dimensão essencial do negócio.
A indústria criativa abrange diversas atividades, como:
- Mercado audiovisual;
- Teatro;
- Música;
- Artes plásticas;
- Moda;
- Design;
- Indústria de games;
- Editoração;
- Publicidade;
- Arquitetura.
Elas se diferenciam das indústrias tradicionais por terem como principal insumo a inteligência, a imaginação e a expressão cultural dos indivíduos e dos grupos. Também não dependem de recursos naturais escassos, mas sim de recursos humanos abundantes e renováveis.
Além disso, não se limitam a produzir bens tangíveis, mas sim a criar experiências, sensações, emoções e significados para os consumidores.
Qual a importância das indústrias criativas?
As indústrias criativas são essenciais para o desenvolvimento econômico e social de um país. Elas apresentam diversas vantagens competitivas, tais como:
Possuem valor agregado
Quando falamos que as indústrias criativas possuem valor agregado, isso significa que elas incorporam um grande valor intelectual, artístico e simbólico ao seu custo de produção.
Ou seja, elas podem gerar mais lucro e mais renda para os seus criadores e para os seus distribuidores.
Geram empregos e riquezas
Nos últimos anos, a geração de emprego por parte das indústrias criativas têm ficado mais óbvia do que nunca. O setor é responsável por criar postos de trabalho qualificados e bem remunerados, além de contribuir para a riqueza.
Segundo dados da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), as indústrias criativas representam cerca de 3% do PIB mundial e empregam mais de 29 milhões de pessoas.
Apresentam soluções inovadoras
Além disso, as indústrias criativas podem ser fonte de soluções inovadoras para melhorar a qualidade, a eficiência e a sustentabilidade de diversos setores da economia e da sociedade. Por exemplo, uma ciclovia que gera energia solar já é realidade com tecnologias criativas.
Melhoram a qualidade de vida da sociedade
As indústrias criativas também têm um grande papel na qualidade de vida da sociedade.
Por exemplo, com as tecnologias assistivas, como softwares de reconhecimento de voz e leitores de tela que auxiliam pessoas com deficiência a acessar o computador.
Quais setores são indústrias criativas?
As indústrias criativas abrangem uma variedade de setores, que podem ser agrupados em quatro grandes áreas:
- Artes e patrimônio;
- Mídia e comunicação;
- Design e arquitetura;
- Tecnologia e inovação.
A seguir, vamos apresentar alguns exemplos de setores que fazem parte das indústrias criativas. Continue a leitura!
Moda
A moda pode ser definida como uma forma de arte, comunicação e consumo, que envolve aspectos culturais, sociais, econômicos e ambientais. É um setor que abrange criação, produção e comercialização de:
- Roupas;
- Calçados;
- Cosméticos;
- Acessórios.
Mercado audiovisual
O intuito principal do setor audiovisual é combinar o som e a imagem para contar histórias com mensagens, sejam elas informativas ou de entretenimento. Nesse processo, são envolvidos diversos aspectos técnicos, comerciais, legais e artísticos.
O setor emprega diversos profissionais, como:
- Creators;
- Diretores;
- Produtores;
- Atores;
- Sonoplastas.
Editoração
Muitos podem não conhecer o setor de editoração, que se baseia na produção, distribuição e comercialização de livros, revistas, jornais e outros materiais impressos ou digitais. Esse ramo pode veicular conteúdos:
- Literários;
- Científicos;
- Educacionais;
- Entretenimento.
Games
Já os jogos eletrônicos são um setor que engloba criação, desenvolvimento e comercialização de jogos eletrônicos. Seu intuito é proporcionar experiências lúdicas, interativas e imersivas para os usuários. Os games exigem a colaboração de diversos profissionais, como:
- Programadores;
- Designers;
- Roteiristas;
- Testadores.
Design
Por fim, o design também se enquadra como um setor da indústria criativa. Porém, é importante destacar que ele não fica restrito apenas a peças gráficas com valor estético. Na verdade, pode abranger diversas áreas, como:
- Design de serviços;
- Design de interfaces;
- Design de informação;
- Design de produto.
Como impulsionar uma indústria criativa?
Se você tem um negócio criativo ou pretende criar um, saiba que existem algumas dicas que podem ajudá-lo a impulsionar o seu empreendimento e a se destacar no mercado. Veja algumas delas a seguir:
Tudo o que existe pode ser melhorado
Sempre é possível melhorar o que já existe! Por isso, não se limite ao que já foi feito e busque sempre novas formas de agregar valor, resolver problemas, atender necessidades, satisfazer desejos e surpreender os usuários.
Tenha um negócio escalável
Um negócio escalável é aquele que pode crescer rapidamente, sem aumentar proporcionalmente seus custos e recursos. Os setores voltados para a criatividade tem um grande potencial nesse sentido. Por quê?
Pois essas atividades podem replicar e distribuir seus produtos ou serviços para um grande número de pessoas, sem perder qualidade, originalidade e relevância.
Tenha um negócio que gere valor
É importante refletir se sua empresa oferece algo que as pessoas querem, precisam, valorizam e estão dispostas a pagar. Pense em como você pode diferenciar o seu negócio.
É pela qualidade ou originalidade? Ou ainda, pela exclusividade e personalização? Use e abuse da criatividade para se diferenciar!
Faça protótipos e apresente-os para o mundo
Os protótipos são essenciais para testar seu produto ou serviço e são úteis para todos os setores da indústria criativa. Não tenha medo de fazer protótipos e apresentá-los para o mundo, seja por meio de exposições, redes sociais e outros canais.
Você pode usar um modelo de pitch pronto para mostrar as ideias de seu protótipo.
Mire-se em quem deu certo
Muitas vezes, a criatividade não vem de inventar algo do zero e sim de revolucionar algo que já existe. Por isso, busque conhecer a trajetória de quem já alcançou o sucesso nas indústrias criativas, seja no Brasil ou no mundo.
Implante uma cultura organizacional criativa e ética
As indústrias criativas dependem muito de uma cultura organizacional criativa e ética, pois ela é a base para a geração, a difusão e a aplicação de informações e ideias.
Por isso, é importante ter seus valores, missão e visão bem definidos. Além, é claro, de investir em outros mecanismos e ferramentas que possam ajudar na manutenção dessa cultura.
Invista na equipe
Como ser criativo sem uma equipe qualificada? Não é possível! Por isso, invista na sua equipe e lembre-se que ela é quem vai produzir o seu produto ou serviço.
É importante que os colaboradores sejam valorizados e tenham autonomia para criar. Além disso, investir na inclusão pode ser a chave para expandir as possibilidades de criatividade, independente do setor.
Quais as limitações das indústrias criativas?
Apesar de todas as vantagens e oportunidades que as indústrias criativas oferecem, elas também enfrentam algumas limitações, que podem dificultar seu crescimento e impacto. Veja algumas delas a seguir:
Determinar prioridades
As indústrias criativas lidam com uma grande variedade de informações e ideias, que podem gerar muitas possibilidades, mas também muitas dúvidas, conflitos e indecisões. Por isso, é importante determinar prioridades de forma assertiva.
Comunicar com eficiência
A comunicação eficiente, tanto interna quanto externa, é essencial para transmitir ideias, valores e diferenciais. Por isso, é importante investir em recursos como redes sociais e estratégias de marketing eficientes.
Aumentar engajamento de toda a cadeia
As indústrias criativas envolvem uma cadeia produtiva complexa, com diversos agentes. Por isso, é importante aumentar o engajamento de toda a cadeia, por meio de diálogo, articulação e alinhamento entre os colaboradores.
Burocracias e hierarquias
Para as indústrias criativas é imprescindível evitar burocracias e hierarquias muito rígidas. Os processos precisam ser rápidos e simples para acompanhar as mudanças constantes. Sugerimos investir na automatização e na cocriação para driblar esses limites.
Rio2C pode te ajudar!
Se você se interessa pelo tema das indústrias criativas e quer saber mais sobre como preparar a sua empresa para o mercado da inovação, o Rio2C pode te ajudar!
O maior encontro de criatividade da América Latina conecta seu negócio criativo com os principais players do setor. Não perca essa oportunidade!